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Aneurisma de aorta

Atualizado em 04/05/2022

O aneurisma de aorta consiste na dilatação permanente de um de seus segmentos. A dilatação é chamada de aneurisma quando alcança 50% ou mais do diâmetro original do vaso acometido. Caso ocorra na aorta, a maior artéria do corpo, pode apresentar diferentes desdobramentos e tem classificações distintas.

Aneurisma de aorta: o que é e por que pode ser tão perigoso? | Dra. Simone Savaris

A aorta se origina no ventrículo esquerdo (VE) do coração e é subdivida em aorta torácica e abdominal. O aneurisma de aorta abdominal é o mais frequente e sua incidência é de aproximadamente 50 novos casos para cada mil habitantes/ano.

O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é, na maioria das vezes, assintomático. Alguns indivíduos muito magros podem perceber uma massa pulsátil no abdômen, no entanto, normalmente sua identificação é feita apenas quando o indivíduo realiza exames de rotina.

O aneurisma de aorta torácica, também, na maioria das vezes, não manifesta sintomas. Entretanto, em estágios avançados pode causar dores no peito e/ou nas costas e até mesmo rouquidão ou dificuldade para respirar, por compressão de outras estruturas torácicas.

Como a aorta é uma artéria de muito calibrosa e com volumoso fluxo sanguíneo, o avanço deste quadro pode causar complicações, como dissecção ou rompimento da artéria, com consequente choque hemorrágico e risco de óbito.

Afinal, o que pode causar o aneurisma de aorta e quais os fatores de risco?

A causa exata não é bem estabelecida, mas há diversos fatores de risco. A aterosclerose parece ter um papel importante na gênese da doença, assim como: idade (acima de 60 anos), sexo masculino, fatores genéticos, diabetes, hipercolesterolemia, hipertensão arterial e tabagismo.

O que torna esse quadro potencialmente fatal?

A aorta recebe o sangue proveniente diretamente do coração. Sendo assim, normalmente recebe uma grande tensão em suas paredes e, a cada batimento cardíaco, ela se expande e retorna ao seu tamanho, devido a sua parede extremamente elástica, em condições fisiológicas. Entretanto, a pressão contínua sobre a parede de uma artéria dilatada patologicamente predispõe a sua rotura súbita ou dissecção.

Tanto a rotura quanto a dissecção podem causar hemorragia incontrolável, pondo em risco a vida do indivíduo. Como a dilatação é um grande fator de risco para a rotura, por causar enfraquecimento progressivo da parede da aorta, após um diagnóstico de aneurisma aórtico, é necessário acompanhamento regular e tratamento adequado, com intervenção cirúrgica conforme o tamanho da artéria.

E como se faz o tratamento?

O tratamento depende de vários fatores: local da dilatação (aorta torácica ascendente, arco aórtico, aorta torácica descendente ou aorta abdominal), presença de fatores de risco e comorbidades associadas e, principalmente, tamanho da aorta.

Nem todos os aneurismas de aorta requerem cirurgia.  A “espera vigilante” é uma opção para aneurismas menores que 5 cm, mas o paciente deve fazer acompanhamento médico e exames regularmente, além de controlar os fatores de risco.

Nos casos em que for necessário intervenção, há duas possibilidades: o reparo cirúrgico aberto ou o reparo endovascular, por meio de um dispositivo especial, chamado endoprótese. A escolha do procedimento normalmente é feita pelo cirurgião e depende de qual região da aorta está dilatada e das características do aneurisma.

O tratamento adequado é de extrema importância, pois sua negligência possibilita progressão do aneurisma com risco de rompimento da aorta, que pode ser fatal. 

Referências:

GÓES JUNIOR, Adenauer Marinho de Oliveira et al. Achados incidentais de aneurismas torácicos e abdominais. Jornal Vascular Brasileiro, Porto Alegre, v. 15, n. 2, p. 106-112, jun. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.007616.

ALCÂNTARA, Mônica Luiza de et al. Recomendações para Avaliação Ultrassonográfica da Aorta Abdominal e Ramos: grupo de trabalho do departamento de imagem cardiovascular da sociedade brasileira de cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Imagem Cardiovascular, [s.l.], v. 29, n. 7, p. 1-69, abr. 2016. GN1 Genesis Network. http://dx.doi.org/10.5935/2318-8219.20160012.

Dra Simone
Dra. Simone Savaris
Cardiologista Clínica pelo Instituto de Cardiologia de Porto Alegre.

Especialista em Insuficiência Cardíaca e Transplante de Coração.

Fellowship em Cardiologia no no Mount Sinai Hospital (MSH) - Toronto.
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