Sumário
O infarto é o nome que damos à doença em que ocorre uma obstrução na passagem do sangue dentro de uma artéria do coração.
O músculo cardíaco precisa de sangue oxigenado em suas artérias para funcionar adequadamente, para conseguir se contrair e bombear o sangue para todos os outros órgãos. Quando ocorre uma obstrução para a passagem do sangue oxigenado, uma parte do músculo cardíaco sofre isquemia, ou seja, fica sem receber oxigênio e os miócitos – que são as células do músculo cardíaco – começam a morrer e o coração passa a não funcionar mais da forma como deveria.
O infarto acontece como consequência de um conjunto de fatores.
Os dez principais fatores que aumentam a chance de uma pessoa infartar, são:
Como você pode perceber, dos 10 critérios acima, apenas um deles é a história genética, os outros nove são relacionados aos nossos hábitos de vida ou também são doenças que podem ser diagnosticadas e tratadas precocemente e que, mantendo um bom controle delas, é possível diminuir as chances de ter um infarto.
O sintoma mais comum do infarto é a dor no peito.
Mas ele não é o único. Outros sintomas como falta de ar, principalmente quando se faz um esforço físico como subir um lance de escadas, ou também desmaios, podem indicar que existe alguma obstrução à passagem de sangue oxigenado na artéria coronária – a artéria do coração.
Quando falamos da dor no peito, a dor que tem origem no coração possui algumas características específicas e que ajudam a diferenciar da dor no peito que tem outras causas. Normalmente, a dor de origem cardíaca é:
O diagnóstico é sempre feito avaliando o paciente e, antes de mais nada, conhecendo os fatores de risco e os sintomas que ele está apresentando.
Depois disso, o primeiro exame a ser feito é um eletrocardiograma (ECG).
O eletrocardiograma pode ser normal em um paciente que está infartando, ou pode apresentar algumas alterações. Dependendo do tipo de alteração que o ECG mostrar, o paciente pode ser encaminhado diretamente para um cateterismo ou pode ser necessário fazer outro exame antes para confirmar o diagnóstico – este exame é a troponina cardíaca.
A troponina cardíaca é um exame feito através da coleta de sangue do paciente e, quando ela está alterada, ela indica que o coração está sofrendo um dano – que pode ser por causa do infarto ou por alguma outra razão (e é por isso que os sintomas e os fatores de risco da pessoa são muito importantes para o melhor diagnóstico).
Sempre, sempre e sempre é feito com remédios.
Além dos remédios, normalmente é feito um cateterismo cardíaco para identificar qual é a artéria que está obstruída e colocar um stent para desfazer essa obstrução e permitir que o sangue oxigenado volte a circular por aquela artéria.
Nos locais onde não se tem um laboratório de hemodinâmica, em que se faz o cateterismo cardíaco, o paciente pode tanto ser transferido para um centro de referência quanto pode ser feito o que chamamos de trombólise – que é uma medicação endovenosa que vai tentar dissolver o trombo que está obstruindo a passagem de sangue.
Mesmo nos casos em que é feita a trombólise, o paciente deve fazer um cateterismo assim que possível para avaliação das artérias coronárias, identificar se a obstrução se desfez ou não e se ele tem placas de gorduras em outras artérias do coração.
Em relação aos remédios, o tratamento será por toda a vida com alguns remédios e com outros por um período determinado de tempo. As consultas frequentes e o uso dos remédios são essenciais para evitar novos infartos e reduzir a chance de ter complicações, como arritmias, insuficiência cardíaca e angina crônica.