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Infarto

O que é o infarto?

O infarto é o nome que damos à doença em que ocorre uma obstrução na passagem do sangue dentro de uma artéria do coração.

O músculo cardíaco precisa de sangue oxigenado em suas artérias para funcionar adequadamente, para conseguir se contrair e bombear o sangue para todos os outros órgãos. Quando ocorre uma obstrução para a passagem do sangue oxigenado, uma parte do músculo cardíaco sofre isquemia, ou seja, fica sem receber oxigênio e os miócitos - que são as células do músculo cardíaco - começam a morrer e o coração passa a não funcionar mais da forma como deveria.

Quais são as principais causas de um infarto?

O infarto acontece como consequência de um conjunto de fatores.

Os dez principais fatores que aumentam a chance de uma pessoa infartar, são:

  • Hipertensão arterial (a pessoa que tem pressão alta e não faz o controle adequado)
  • Diabetes mellitus (principalmente se não tiver bom controle)
  • Colesterol elevado (consideramos aqui como principal o LDL, que é conhecido como colesterol ruim)
  • Tabagismo
  • Obesidade (a obesidade é uma doença que frequentemente vem junto com pressão alta, diabetes e colesterol elevado)
  • Sedentarismo
  • Transtornos psicológicos (principalmente estresse e ansiedade exagerada)
  • Ingesta excessiva de bebida alcoólica
  • Má alimentação (alimentação mais baseada em comidas prontas e industrializadas do que em alimentos naturais, com o mínimo de carboidratos como alimentos com farinhas e açúcares)
  • História familiar de infarto (consideramos importante se o pai ou irmão infartou antes dos 55 anos ou, se a mãe ou uma irmã infartou antes dos 65 anos).

Como você pode perceber, dos 10 critérios acima, apenas um deles é a história genética, os outros nove são relacionados aos nossos hábitos de vida ou também são doenças que podem ser diagnosticadas e tratadas precocemente e que, mantendo um bom controle delas, é possível diminuir as chances de ter um infarto.

Sintomas do infarto

O sintoma mais comum do infarto é a dor no peito.

Mas ele não é o único. Outros sintomas como falta de ar, principalmente quando se faz um esforço físico como subir um lance de escadas, ou também desmaios, podem indicar que existe alguma obstrução à passagem de sangue oxigenado na artéria coronária - a artéria do coração.

Quando falamos da dor no peito, a dor que tem origem no coração possui algumas características específicas e que ajudam a diferenciar da dor no peito que tem outras causas. Normalmente, a dor de origem cardíaca é:

  • Um aperto no peito, ou uma dor tipo uma queimação ou ardência
  • Não é bem localizada, é meio espalhada e difusa - é difícil apontar com o dedo o local exato da dor
  • Pode ser localizada apenas no tórax ou pode irradiar para outras partes do corpo, sendo o mais comum a irradiação para o ombro e para o braço esquerdo (mas também pode irradiar para os dois ombros)
  • Pode ser sentida também na região cervical anterior (a parte da frente do pescoço), na mandíbula ou no estômago.
  • Aparece quando a pessoa está fazendo um esforço físico, mas em casos de obstruções mais importantes nas artérias pode aparecer mesmo em repouso
  • Normalmente é um dor que não é sentida quando se palpa a região torácica, ela aparece independente de se encostar na região ou não.
  • Pode aparecer associada com outros sintomas, como náusea e vômitos.

Como é feito o diagnóstico do infarto?

O diagnóstico é sempre feito avaliando o paciente e, antes de mais nada, conhecendo os fatores de risco e os sintomas que ele está apresentando.

Depois disso, o primeiro exame a ser feito é um eletrocardiograma (ECG).

O eletrocardiograma pode ser normal em um paciente que está infartando, ou pode apresentar algumas alterações. Dependendo do tipo de alteração que o ECG mostrar, o paciente pode ser encaminhado diretamente para um cateterismo ou pode ser necessário fazer outro exame antes para confirmar o diagnóstico - este exame é a troponina cardíaca.

A troponina cardíaca é um exame feito através da coleta de sangue do paciente e, quando ela está alterada, ela indica que o coração está sofrendo um dano - que pode ser por causa do infarto ou por alguma outra razão (e é por isso que os sintomas e os fatores de risco da pessoa são muito importantes para o melhor diagnóstico).

Como é feito o tratamento do infarto?

Sempre, sempre e sempre é feito com remédios.

Além dos remédios, normalmente é feito um cateterismo cardíaco para identificar qual é a artéria que está obstruída e colocar um stent para desfazer essa obstrução e permitir que o sangue oxigenado volte a circular por aquela artéria.

Nos locais onde não se tem um laboratório de hemodinâmica, em que se faz o cateterismo cardíaco, o paciente pode tanto ser transferido para um centro de referência quanto pode ser feito o que chamamos de trombólise - que é uma medicação endovenosa que vai tentar dissolver o trombo que está obstruindo a passagem de sangue.

Mesmo nos casos em que é feita a trombólise, o paciente deve fazer um cateterismo assim que possível para avaliação das artérias coronárias, identificar se a obstrução se desfez ou não e se ele tem placas de gorduras em outras artérias do coração.

Em relação aos remédios, o tratamento será por toda a vida com alguns remédios e com outros por um período determinado de tempo. As consultas frequentes e o uso dos remédios são essenciais para evitar novos infartos e reduzir a chance de ter complicações, como arritmias, insuficiência cardíaca e angina crônica.

Dra Simone
Dra. Simone Savaris
Cardiologista Clínica pelo Instituto de Cardiologia de Porto Alegre.

Especialista em Insuficiência Cardíaca e Transplante de Coração.

Fellowship em Cardiologia no no Mount Sinai Hospital (MSH) - Toronto.
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