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Miocardiopatia Hipertrófica

O que é a miocardiopatia hipertrófica

A miocardiopatia hipertrófica (MCH) é uma doença cardíaca de origem genética e bastante comum, 1 em cda 500 pessoas pode ter essa doença que altera o músculo cardíaco.

Nesta doença, uma parte do músculo do coração sofre hipertrofia, ou seja, fica maior do que é o tamanho normal. Essa hipertrofia pode atingir qualquer parte do músculo cardíaco, porém o mais comum é a forma septal - em que a hipertrofia acontece no septo que divide o ventrículo direito e o esquerdo, e pode atrapalhar a saída do sangue do coração para a aorta.

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Sintomas da miocardiopatia hipertrófica

Os sintomas frequentemente aparecem pela primeira vez entre os 20 e 40 anos de idade e normalmente estão associados ao momento em que a pessoa faz esforços físicos.

Os sintomas mais comuns são:

  • Falta de ar
  • Síncope
  • Palpitações
  • Dor no peito (que em geral é bem semelhante a dor anginosa)

Nos casos em que o paciente apresenta uma síncope (desmaio) em geral há uma obstrução para saída de sangue de dentro do coração para a aorta, como o músculo daquela parte do coração pode estar aumentado, isso pode obstruir o local onde está a válvula aórtica e quando o coração contrai e o sangue deveria sair por este local e ir para todos os órgãos, apenas uma mínima quantidade de sangue consegue ser ejetada e ocorre uma queda da oxigenação no cérebro e a pessoa demaia.

Outra possibilidade, no caso da síncope, é que o paciente apresente uma arritmia cardíaca grave, em geral de origem ventricular, que pode levar à parada cardíaca. Por isso, os pacientes com miocardiopatia hipertrófica e síncope devem ser muito bem avaliados, pois muitas vezes será necessário fazer o implante de um cardiodesfibrilador implantável (CDI) para evitar que tenham uma morte súbita.

A pressão arterial e os batimentos cardíacos costumam ser normais, no dia-a-dia.

E os pacientes que tem a miocardipatia hipertrófica obstrutiva podem apresentar um sopro cardíaco que é identificado durante à ausculta do coração.

Diagnóstico

A suspeita diagnóstica surge pelos sintomas que o paciente refere ou pela história da doença na família, já que ela tem origem genética. Além disso, se for auscultado o sopro típico dessa doença, a suspeita fica ainda maior.

O eletrocardiograma (ECG) pode mostrar algumas alterações, a depender do tipo da doença que o paciente apresenta e pode contribuir para a suspeita.

Porém, os principais exames para o diagnóstico são o ecocardiograma e a ressonância magnética de coração.

Com o ecocardiograma transtorácico é possível fazer o diagnóstico diferencial com outras miocardiopatias e também estimar a gravidade da obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo - local onde o sangue é ejetado para os outros órgãos. A ressonância magnética também nos fornece informações sobre a região do coração em que a doença se apresenta e sobre a gravidade dela.

Marcadores genéticos podem ser realizados, mas até o momento eles não tem relevância para o tratamento do paciente, mas podem ser benéficos na triagem de membros da família.

Prevenção e tratamento

Por ser uma doença genética, não há como prevenir, sendo recomendado que pessoas que têm familiares com a doença façam avaliações cardiológicas rotineiras para investigar o surgimento da doença.

Quanto ao tratamento, normalmente é feito com medicações, como beta-bloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio específicos, que atuam no controle dos batimentos cardíacos. Em alguns casos, outros remédios para arritmia podem também ser utilizados.

Em relação aos tratamentos mais invasivos, nos casos em que o septo é muito aumentado e causa a obstrução da saída do sangue do coração, podemos indicar a alcoolização septal, que é feita por cateterismo, ou a miectomia - que é uma cirurgia na qual se retira uma parte do músculo que é aumentado.

E, por fim, pacientes com alto risco de apresentarem arritmias fatais se beneficiam do implante de um CDI, para prevenir mortes súbitas.

Dra Simone
Dra. Simone Savaris
Cardiologista Clínica pelo Instituto de Cardiologia de Porto Alegre.

Especialista em Insuficiência Cardíaca e Transplante de Coração.

Fellowship em Cardiologia no no Mount Sinai Hospital (MSH) - Toronto.
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