logo-header-dra-simone-savaris
telemedicina

Fatores de risco para infarto que estão nas suas mãos

Os fatores de risco para ter um infarto são inúmeros. Alguns deles podemos controlar, outros não.

Vou começar falando daqueles que você não pode controlar, pois são apenas dois:

  • Idade

Sim, isso mesmo – o envelhecimento é um fator que aumenta o risco de ter doenças nas artérias e consequentemente um infarto. É por isso que é mais comum você ver uma pessoa mais velha infartar em comparação com um jovem.

Mas, você sabe bem que jovens também infartam né?! Isso acontece porque a idade é apenas UM fator de risco. Temos vários outros que veremos a seguir.

  • Genética

Ah, a genética. Pobre coitada. Recebe a culpa de tudo, não é mesmo?

E também pudera, existem pessoas que tem uma genética maravilhosa enquanto outros tem uma genética nada favorável, por assim dizer.

A genética é o segundo fator de risco que não temos controle – pelo menos não até os dias atuais. Herdamos a herança genética dos nossos pais e isso pode tanto aumentar nosso risco de infartar quanto diminuir ou não fazer diferença alguma. Mas é um ponto que devemos sempre lembrar, de qualquer forma.

Agora, sobre os fatores de risco que você pode controlar

Esses são vários! A maioria deles, para dizer bem a verdade. Vou listá-los abaixo e vamos falar um pouco sobre cada um na sequência:

  • Pressão Alta
  • Sedentarismo
  • Alimentação inadequada (rica em carboidratos e industrializados)
  • Diabetes ou pré-diabetes (resistência à insulina)
  • Perfil de colesterol alterado (lembrando que cada molécula de colesterol é importante)
  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Estresse

1 – Pressão Alta

A pressão arterial quando fica acima dos valores considerados normais danifica as artérias internamente e facilita o acúmulo de gordura dentro delas, o que a longo prazo vai se tornar uma placa de gordura causadora de infarto.

O controle da pressão arterial só depende de você – teus hábitos de vida podem te ajudar a nunca ser hipertenso! E caso você já seja ou um dia se torne hipertenso, mesmo com todos os cuidados com tua saúde cardiovascular, as consultas cardiológicas e o uso de remédios conseguem fazer sua pressão ficar bem controlada e evitar essas complicações.

Ou seja, o controle deste fator de risco está nas tuas mãos!

2 – Sedentarismo

Esse você já sabe decor e salteado, né?! Praticar atividade física é ótimo não só para a saúde do coração e das artérias, como dos seus músculos e do seu corpo todo!

Se você fizer 150 minutos de atividade física por semana, o que é igual a 30 minutos 5x por semana ou 1 hora 3x por semana, já é mais do que suficiente para ajudar a manter a boa saúde do seu coração e da sua circulação sanguínea. Se você puder fazer mais que isso, será ainda melhor!

Ao acordar, diariamente, você decide se você vai praticar alguma atividade física ou não naquele dia – e eu sei que em dias corridos pode ser mais difícil. Mas todos temos dias corridos e precisamos dar um jeito nisso, colocar o exercício físico como um compromisso na nossa agenda e fazer pelo menos algumas vezes na semana.

Ou seja, o controle deste fator de risco também está nas tuas mãos!

3 – Alimentação

Quando falamos sobre a alimentação, sempre vem aquela frase “ah, mas o meu avô comia de tudo e viveu até os 90 anos!” e sim, pode até ser que ele comia de tudo, mas era de tudo o que tinha na época dele – o que não é o mesmo que os hambúrgueres, pizzas, sorvetes e industrializados que nós temos amplamente disponíveis hoje em dia.

Nossa alimentação, de modo geral, é muito pior. As gorduras que ingerimos não são aquelas naturais dos alimentos – e que já sabemos que não fazem mal para o coração – mas sim aquelas hidrogenadas e industrializadas, como as que tem nas bolachas e biscoitos, na margarina, nas sobremesas prontas do mercado e no sorvete. Essa gordura sim, não é saudável.

Além disso, vivemos rodeados de carboidratos, pães e derivados, muita farinha e muito açúcar e pouca comida de verdade.

Optar por carne, salada, verduras e legumes em vez de um prato de massa ou por uma pizza é uma escolha nossa. Mas os resultados cedo ou tarde irão bater na nossa porta.

Ou seja, o controle deste fator de risco está nas tuas mãos!

4 – Diabetes ou pré-diabetes

A diabetes do tipo 2, aquela que aparece na vida adulta, ela é muito mais uma doença relacionada aos hábitos e á alimentação do que uma doença genética. Se teus pais tiveram diabetes, mas você é o tipo de pessoa que tem uma alimentação com pouca ingesta de carboidratos e baseada em alimentos de verdade, você muito provavelmente não terá diabetes.

Nos casos de pessoas que tem diabetes, existe tratamento para manter os níveis de glicose bem controlados no sangue e não descompensar – e aumentar ainda mais o risco de ter um infarto.

Ou seja, este é mais um fator de risco no qual o controle está nas tuas mãos!

5 – Perfil do colesterol alterado

Esse aqui é um pouco mais complexo. O nosso fígado produz mais da metade do colesterol do nosso organismo – e muitas vezes mesmo com hábitos de vida excelentes e uma alimentação exemplar, o colesterol pode ser bastante alterado.

Isso acontece principalmente por questões genéticas e pela produção endógena do colesterol mesmo.

Apesar disso, mais uma vez, nos casos em que um estilo de vida saudável não é suficiente para controlar o colesterol e, junto com outros fatores, o risco cardiovascular for alto, existem tratamentos com medicações ótimas para manter o perfil do colesterol dentro dos valores adequados para cada pessoa.

Ou seja, mais uma vez, o controle deste fator de risco está nas tuas mãos!

6 – Obesidade

Hoje em dia a obesidade ao mesmo tempo que já é reconhecida como uma doença e todos sabemos que precisa de tratamento, por outro lado é foco de discussões sobre aceitação estética.

Quanto à estética, eu respeito todas as opiniões e gostos. Uma pessoa não precisa ser magra, necessariamente, para ser saudável. Agora, daí a determinados graus de obesidade, existe uma ampla diferença.

A obesidade é uma doença e nem sempre é fácil tratá-la apenas com mudança de estilo de vida. Porém, esse é o primeiro passo. Reconhecê-la como doença, buscar ajuda, mudar a forma de enxergar a vida, mudar a alimentação e praticar atividade física com acompanhamento profissional é o pontapé inicial – e para algumas pessoas será o suficiente para sair da obesidade para um peso adequado e com menor risco cardiovascular.

Para algumas pessoas será necessário o uso de medicações e/ou da cirurgia bariátrica, que também são tratamentos com ampla comprovação científica de benefício e que tem ótimos resultados, quando bem indicados.

Ou seja, apesar de não ser fácil, o controle deste fator de risco também está nas tuas mãos! (e escolhas)

7 – Tabagismo

Sobre esse eu nem preciso gastar muito tempo e muitas palavras por aqui, né?!

Vocês já estão carecas de saber, está estampado em cada carteira de cigarro todos os malefícios que ele causa para o organismo.

Você escolhe começar a fumar um dia. Cabe a você escolher parar de fumar também – e se precisar de ajuda, estamos aqui para isso!

Ou seja, o controle deste fator de risco está nas tuas mãos!

8 – Estresse

Por fim, mas não menos importante. Inclusive, um fator muito importante.

Nossa rotina anda tão estressante que passamos quase a considerar normal. Mas não é normal.

O estresse de forma aguda causa aumento da frequência cardíaca e da pressão, liberação de adrenalina, noradrenalina e cortisol, o hormônio do estresse, na circulação sanguínea e isso tudo causa uma inflamação sistêmica que predispõem ao acúmulo de gordura nas artérias.

Quando o estresse se torna crônico, isso tudo acontece diariamente dentro do teu organismo, pode ser algumas vezes por dia ou o dia todo. Independente disso, uma coisa é certa: isso é péssimo para suas artérias.

Controlar o estresse pode ser difícil, pois às vezes ele aparece no trabalho, outras vezes em casa mesmo. Mas buscar ferramentas de alívio do estresse, técnicas diárias para aliviar a tensão, como relaxamento e yoga, praticar atividade física ou sair ao ar livre e ter atividades de lazer já ajuda muito nesse sentido.

Ou seja, o controle deste fator de risco também está nas tuas mãos!

Para finalizar…

Falamos sobre DEZ FATORES DE RISCO que aumentam as chances de ter um infarto. Destes 10, oito estão nas tuas mãos e apenas dois não. Então fica a reflexão sobre o que você pode fazer e o que você está fazendo para evitar um infarto e manter o controle daquilo que está ao teu alcance!

Dra Simone
Dra. Simone Savaris
Cardiologista Clínica pelo Instituto de Cardiologia de Porto Alegre.

Especialista em Insuficiência Cardíaca e Transplante de Coração.

Fellowship em Cardiologia no no Mount Sinai Hospital (MSH) - Toronto.
Lattes | Dra. Simone SavarisGoogle Scholar | Dra. Simone Savaris
conheça a dra.
This error message is only visible to WordPress admins
Error: There is no connected account for the user 17841401825320720.
Entre em Contato | Dra. Simone Savaris
magnifiercrossmenu